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Estudo sobre óbitos maternos na Bahia é apresentado em reunião do ‘Observatório de Maternidades’

Estudo sobre óbitos maternos na Bahia é apresentado em reunião do ‘Observatório de Maternidades’

Um estudo sobre mortes maternas na Bahia revelou que as mulheres negras compõe o maior percentual dos óbitos no estado, representando 85,15% de um total de 102 mortes maternas. Os dados foram apresentados hoje pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), órgão da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), durante a reunião do Observatório de Maternidades ocorrida na manhã desta sexta-feira, dia 24, na sede do Ministério Público estadual, no CAB.

Na Bahia, entre os anos de 2017 a 2021, foram registradas 70,8 mortes maternas a cada 100 mil nascidos vivos. A taxa é considerada alta para a meta de 30 mortes/100 mil nascidos vivos pactuada pelo Brasil com a Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2030. A OMS define morte materna a que ocorre durante a gestação ou após 42 dias no puerpério, tendo como causa relacionada a gestação ou as medidas relacionadas a ela.

A gerente do projeto Cegonha, promotora de Justiça Juliana Rocha, ressaltou a importância das reuniões do Observatório das Maternidades, afirmando a relevância e profundidade das questões debatidas ao longo dos anos. “Esse espaço é muito importante para nós e tem servido para balizar a atuação do MP na área”. Durante a reunião desta sexta-feira também foi apresentado o Sistema de Regulação Ambulatorial (SRA), que está sendo desenvolvido pela equipe da Sesab. 

As funcionalidades do sistema foram apresentadas por Felipe Barros, Filipe Alabi e Luth Gouveia da Coordenação Geral de Gestão de Sistemas de Tecnologias e Comunicação na Saúde (CGTICS), da Sesab. “A expectativa é de que o sistema terá um grande impacto na assistência materno infantil pois, além de incluir as demandas do pré-natal de alto risco, antes não contempladas pelo sistema lista única, vai possibilitar uma melhor visualização e gestão das demandas na Bahia, diminuindo as dificuldades impostas pelos vazios assistenciais e garantindo um atendimento oportuno às gestantes de alto risco", afirmou Juliana Rocha. O sistema, que ainda está em fase de homologação, foi desenvolvido para atender a regulação das demandas ambulatoriais. Ele vai gerar informações tais como tempo de espera, quantidade, qualidade e origem das demandas, possibilitando planejamento e intervenções mais precisas pelos gestores da saúde.

 


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