A manhã deste sábado (22) começou tensa em Brasília. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso após o Supremo Tribunal Federal (STF) determinar sua prisão preventiva, atendendo a um pedido da Polícia Federal (PF). Segundo a corporação, havia risco à ordem pública — especialmente depois que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocou uma vigília em frente ao condomínio do pai, algo que a PF avaliou como potencialmente perigoso para apoiadores, moradores e agentes que faziam a segurança do local.
Por volta das 6h35, o comboio da PF chegou à sede da instituição. Assim que deu entrada no prédio, Bolsonaro passou pelos procedimentos iniciais e, em seguida, foi levado para a Superintendência. Lá, foi acomodado em uma sala de Estado, um espaço reservado para autoridades e que oferece condições de custódia diferenciadas, sem contato com outros detentos.
O exame de corpo de delito, obrigatório em casos de prisão, também foi realizado ali mesmo, dentro do prédio da PF. A medida foi planejada para evitar deslocamentos e exposição pública, que poderiam gerar tumulto ou mobilizar apoiadores.
Em nota oficial, a PF confirmou que cumpriu o mandado expedido pelo STF. Bolsonaro já estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que havia imposto restrições ao ex-presidente — restrições essas que, segundo o Supremo, foram descumpridas
Comentários