O pastor responsável pelo falso centro terapêutico em Planalto, no sudoeste baiano, controlava os cartões de Bolsa Família das vítimas. A informação foi confirmada pelo tenente Oseias Vergas, que esteve à frente da operação responsável por interditar o espaço na última quinta-feira (14). As famílias das vítimas arcavam com parte do valor cobrado pelo local (entre R$ 500 e R$ 1000), enquanto o pastor, apresentado como José Silva em rede social, controlava o benefício do governo.
De acordo com o tenente, os familiares das vítimas foram atraídos pela falsa clínica, identificada como Centro Terapêutico Hadassa, por meio de propagandas publicadas no Instagram. Parte da mensalidade era paga por familiares das vítimas. “A outra parte era retirada do Bolsa Família das vítimas, que era controlado pelo pastor”, diz Vergas.
O centro foi interditado após denúncias da Vigilância Sanitária do município, do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e do Ministério Público da Bahia (MP-BA). Seis mulheres vítimas de maus-tratos, uma de 18 anos e cinco acima de 60, foram resgatadas por policiais militares da 79ª Companhia Independente da Polícia Militar (79ª CIPM).
O local era controlado por um casal de pastores, identificados como José Silva e Célia. No dia da interdição, a mulher estava no local e foi encaminhada para prestar esclarecimentos na Delegacia Territorial de Planalto, onde foi ouvida e liberada. O pastor ainda não foi encontrado.
Segundo a Polícia Civil, um inquérito foi instaurado na delegacia do município para investigar a denúncia de importunação sexual e maus tratos, Um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi lavrado contra a pastora. As seis mulheres mantidas no local foram ouvidas pela polícia e encaminhadas para as respectivas residências - quatro são da Bahia e duas são de Minas Gerai
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