A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quartafeira (16/02/22), a Operação ERRANTES, visando desarticular organização criminosa (ORCRIM) especializada na prática de diversas fraudes contra a Previdência Social, em especial a criação de pessoas fictícias para a obtenção indevida de Benefícios de Prestação Continuada (BPC). O BPC é um benefício no valor de um salário mínimo, pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadoras de deficiência.
No decorrer das investigações, foram constatados 420 benefícios fraudulentamente obtidos, os quais geraram um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões (valores já sacados) ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Estima-se que o prejuízo evitado, levando-se em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários, seja de aproximadamente R$ 100 milhões.
Desde as primeiras horas da manhã, mais de 150 policiais federais, incluindo integrantes do Comando de Operações Táticas (COT) e do Comando de Aviação (CAV) da PF, com o auxílio do Núcleo de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (NUINT), cumprem 24 mandados de prisão preventiva e outros 32 mandados de busca nas cidades de Petrolina/PE, Tabira/PE e Filadélfia/BA.
O esquema delituoso investigado:
Os expedientes usados pelo grupo criminoso para ludibriar o sistema previdenciário eram variados e, na maior parte dos casos, visavam garantir o pagamento de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) a pessoas fictícias, no caso, idosos existentes apenas documentalmente.
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