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Atingidos de Jequié (BA) cobram resposta da Chesf após enchentes de dezembro

Atingidos de Jequié (BA) cobram resposta da Chesf após enchentes de dezembro

Quase dois meses após a enchente que vitimou milhares de famílias em Jequié, sudoeste da Bahia, em decorrência de alagamentos originados pela abertura das comportas da Barragem de Pedra, sob controle da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), atingidos seguem sem reparação de danos por parte da empresa.

Segundo a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE/BA), estima-se que o aumento do volume de água no Rio de Contas pela abertura das comportas da barragem para aumento da vazão atingiu cerca de 30 mil pessoas, diretamente ou indiretamente. Ainda assim, muitas famílias voltaram para casa sob o risco de desabamento e sem meios de garantir o seu sustento pela inviabilização de suas atividades econômicas. Feirantes, comerciantes e prestadores de serviços perderam os meios de trabalho e a garantia do sustento familiar.

Em 30 de dezembro, a Procuradoria Geral da Bahia (PGE/BA) atribuiu à empresa a responsabilidade pelos alagamentos ocorridos em Jequié e em outras cidades do estado, ajuizando uma Ação Civil Pública no valor de R$ 100 milhões. A justiça não só responsabilizou a Chesf pelos alagamentos, como também determinou que a empresa fizesse um plano de recuperação das áreas afetadas.

A Chesf alega em nota publicada em seu site que “desde o aumento do nível das chuvas no reservatório, foram enviados comunicados, cartas-circulares, boletins, releases à imprensa”. No entanto, o atual prefeito da cidade, Zenildo Santana (PP), diante do ocorrido na noite de Natal, disse à imprensa que a empresa agiu sem avisar em tempo hábil a prefeitura sobre a abertura das comportas. Além disso, a ausência de representantes da empresa na Audiência Pública de 19 de janeiro confirma o descaso da Companhia com os moradores.

De acordo com os moradores dos bairros Mandacaru, Joaquim Romão e do Centro da cidade, a Chesf tem se esquivado da sua responsabilidade em relação ao ocorrido, tratando o aumento do nível das águas do Rio como um fato natural, ignorando o papel do controle do reservatório da barragem no volume do rio. Fonte: Ninja


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