O Serviço Geológico do Brasil (SGB) publicou, em setembro, a Carta de Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais e de Massa do município de Jequié, na Bahia. No documento, o SGB indica a possibilidade de movimentos gravitacionais de massa (deslizamentos e corridas de massa) e processos hidrológicos (inundações e enxurradas) em todo o território, inclusive nas áreas não urbanizadas, onde não há edificações com presença humana.
As informações disponíveis na Carta subsidiam o trabalho de gestores públicos, defesas civis e demais órgãos responsáveis pelo monitoramento e alertas de desastres, além de favorecer o planejamento do uso e da ocupação do solo, o controle da expansão urbana e a avaliação de potenciais cenários de riscos. Dessa forma, toda a população da cidade – estimada em 158 mil pessoas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – pode ser beneficiada.
De acordo com o estudo do SGB, a maior parte do território do município – o equivalente a 1.474 km² ou 49% da área – tem média suscetibilidade para movimentos gravitacionais de massa, como deslizamentos, queda de blocos, rastejos e ravinamento. Desse total, 18 km² são de área urbanizada e representam 27% da região com edificações.
A carta também indica que 736 km² – 24% do município – têm baixa suscetibilidade para rastejo, ravinamento, voçoroca e erosão laminar. Na área urbanizada, 46 km² - ou 70% da região urbanizada - têm baixa suscetibilidade para esses movimentos gravitacionais de massa. Outros 753 km² – 25% do território total – têm alta suscetibilidade para deslizamentos, queda e rolamento de blocos. Desse total, 1,5 km² é área urbanizada, que representa 2,26% da parte edificada da cidade.
Processos hidrológicos
No município, foram identificados 157 km² – 5,3% do território – com alta suscetibilidade para inundação. Da área, 10 km² têm edificações, representando 16% da parte urbanizada com alta suscetibilidade à inundações. Outros 47 km² – 1,61% – têm média suscetibilidade e 13,18 km² – 0,47% – têm baixa suscetibilidade para os processos hidrológicos.
O SGB reforça que ter “suscetibilidade baixa não significa que os processos não poderão ser gerados em seu domínio, pois atividades humanas podem modificar sua dinâmica”.
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