Um vídeo que circula nas redes sociais de pessoas oriundas da Bahia que teriam ido trabalhar em Minas Gerais e que estariam exercendo suas atividades de forma degradante ganhou repercussão redes sociais.
O grupo afirma serem de Jaguaquara-Ba há cerca de 900 km de Ipanema, no leste mineiro. Os homens teriam sido levados para trabalhar na colheita de café. “Todo mundo aqui veio de Jaguaquara para trabalhar. Nós estamos aqui passando fome. Passa esse vídeo para todo mundo aí, é pra divulgar esse vídeo. Nós estamos morrendo de fome, trabalhando como escravos”.
NOTA
Na manhã desta segunda-feira, 09 de maio, o delegado Alfredo Serrano, responsável pela Polícia Civil de Ipanema emitiu nota de esclarecimento, obtida com exclusividade pelo blog Marcos Cangussu.
Desde a última sexta-feira a Polícia Civil, através da Delegacia de Ipanema, realizou diversos levantamentos com objetivo de identificar a propriedade rural aonde trabalhadores vindos da Bahia alegavam que estavam trabalhando sem alimentação na colheita de café.
Certificamos que essa propriedade rural não está localizada em Ipanema ou qualquer outro município da comarca. Informações dão conta de que o local fica em Chalé, no distrito de Penha do Côco.
A atribuição para apuração do crime de redução à condição análoga à de Escravo é da Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho e Auditoria Fiscal do Ministério do Trabalho.
De toda forma, os fatos já foram repassados à Autoridade Policial de Lajinha, e se confirmados serão reportados às Autoridades competentes.
Sobre a alegação dos trabalhadores de que estariam em Ipanema, sabemos que é comum os empregadores mal intencionados dizer que estão em local diverso, aproveitando a falta de conhecimento dos colaboradores, e assim prejudicando até mesmo um pedido de socorro.
É provável que tais trabalhadores tenham chegado a Ipanema, vindos da Bahia, e daqui seguiram pelas estradas rurais até a região de Penha do Côco, por isso a referência.
A redação do Marcos Cangussu fez contato com o delegado de Jaguaquara, Dr. Chardson Castro que nos informou que até o momento nenhum parente das supostas pessoas procuraram a polícia. (MC)
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