A Bahia deve ganhar novas ferrovias até 2035, um estudo feito pela Fundação Dom Cabral (FDC) apresentou ao governo, em meados do primeiro semestre de 2023, uma proposta de malha ferroviária, integrando o estado ao restante do país, o chamado “Plano Estratégico Ferroviário da Bahia”.
Nesse estudo feito, o Vale do Jiquiriçá pode ser beneficiado, a Dom Cabral disse ao governo da Bahia que é extremamente necessário um modal ligando Jequié ao porto de Salvador. No documento foram apresentadas algumas possibilidades, entre elas reconstruir a Ferrovia Centro Atlântica – FCA com uma nova bitola, fazer uma ligação Jequié – Itatim, ou reconstruir o traçado pelo recôncavo.
A primeira possibilidade, parece custar muito caro, a segunda esbarra em questões geográficas, sendo a Serra do Mutum em Jaguaquara o maior desafio, e o traço ainda será maior 27Km. A terceira proposta apresenta a maior viabilidade técnica, economia e financeira.
Ferrovia pode ser pensada como projeto alternativo a FCA.
A ferrovia ligando Jequié – Salvador, se iniciaria na altura do município de Barra do Rocha onde está a FIOL (Ferrovia Oeste Leste) e possivelmente chegará em Cruz das Almas, onde o estado deve decidir se reaproveita o traçado da Centro Atlântica, ou faz um novo percurso até Feira de Santana, para posterior ligação a capital. Esta também seria uma via alternativa a FCA.
O conforme o estudo, a ferrovia passando pelo Vale do Jiquiriçá aproveitaria o traçado da extinta ligação Nazaré Vitória da Conquista desativada na década de 70, ela teria a menor extensão das propostas apresentadas, 194 Km, e a geografia da região é um facilitador, principalmente a partir de Laje, onde foi encontrado grande área de planície até a capital.
Além de permitir o eixo de integração entre Salvador, Feira e Jequié, a projeto pode contemplar o estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragogipe.
A proposta foi adicionada ao Plano Plurianual 2024-2027 e no momento está em fase de avaliação, podendo ser apresentado ao governo federal como prioridade para os próximos anos. Atualmente o transporte por trilhos responde por 20%, até 2035, esse número deve saltar para 35%.
“As perspectivas são positivas para a Bahia. Mas é preciso entender que o momento para se fazer algo é agora”, avisou Paulo Resende, responsável pelo Núcleo de Infraestrutura, Logística e Supply Chain da FDC. Fonte: Criativa
Comentários