Nesta terça-feira (5), a Polícia Federal iniciou uma operação visando um grupo suspeito de fornecer 43 mil armas para líderes das maiores facções do país, movimentando R$ 1,2 bilhão. A informação é do G1 Bahia.
Estão sendo executados 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 52 mandados de busca e apreensão em três países: Brasil, Estados Unidos e Paraguai. O principal alvo da operação, localizado no Paraguai, ainda não foi encontrado.
A Justiça da Bahia, que coordena a operação, determinou que os alvos no exterior sejam listados na Interpol e, se detidos, extraditados para o Brasil.
A investigação teve início em 2020, após a apreensão de armas no interior da Bahia. Apesar dos números de série raspados, a perícia da PF conseguiu obter informações cruciais para avançar na investigação.
Três anos depois, a cooperação internacional revelou que um indivíduo argentino, proprietário da empresa IAS no Paraguai, adquiria armamento de vários países, como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia, incluindo pistolas, fuzis, rifles, metralhadoras e munições.
Após a compra, essas armas eram repassadas para facções no Brasil, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro. O esquema envolvia doleiros e empresas fictícias no Paraguai e nos EUA.
As investigações também apontam corrupção e tráfico de influência na DIMABEL, órgão paraguaio encarregado de supervisionar e autorizar o uso de armas, facilitando o funcionamento do esquema. Fonte: G1 Bahia
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