O mosquito da dengue, o Aedes Aegypti, pode transmitir a doença até por cima da roupa. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores do Núcleo de Pesquisa Biomédica (Nupeb), da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais (MG).
Segundo a pesquisa, o aparelho bucal do inseto fêmea é comprido o suficiente para que a picada ultrapasse os tecidos.
“Esse inseto, essa fêmea, tem a capacidade de se alimentar mesmo a gente com roupa, porque ela tem o aparelho bucal longo. E, em contato com o tecido que está sobre a pele, ela consegue fazer com que o aparelho bucal atravesse a roupa, aquele tecido, e ela consegue se alimentar do sangue”, explica Joziana Barçante, coordenadora do Nupeb, da Universidade Federal de Lavras à CBN BH.
Os testes foram realizados em mosquitos não contaminados, criados em laboratório. A descoberta fez com que os pesquisadores recomendassem o uso do repelente antes e depois de colocar a roupa. Mesmo assim, a aplicação na pele deve ser priorizada.
O Brasil alcançou nesta quarta-feira, 10, a marca de 3 milhões de casos prováveis de dengue apenas neste ano. O número corresponde a praticamente o dobro dos registros ocorridos ao longo de todo o ano de 2023.
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