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Operação Mata Atlântica em Pé 2024 detecta mais de 500 hectares de áreas desmatadas na Bahia

Operação Mata Atlântica em Pé 2024 detecta mais de 500 hectares de áreas desmatadas na Bahia

A sétima edição da ‘Operação Mata Atlântica em Pé’, que terminou na última sexta-feira, dia 27, identificou mais de 500 hectares com supressão ilegal de vegetação nativa na Bahia. A operação, que ocorreu entre 16 e 27 deste mês, identificou cerca de 300 hectares desmatados em 13 municípios do litoral Norte, Sul, Baixo Sul e Vale do Jiquiriçá. Em 60% dos casos, foi confirmada a supressão de vegetação nativa com algum indício de irregularidade. As áreas foram identificadas a partir de 100 alertas de desmatamento da plataforma MapBiomas, que possibilita a detecção em alta resolução de desmatamentos e infrações ambientais, além dos alertas do programa Harpia do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e da Polícia Federal. Segundo o promotor de Justiça Augusto César Matos, coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (Ceama), mais de 90% dessas áreas já estavam cadastradas no Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais (Cefir), demonstrando que, apesar do registro, o desmatamento ilegal continua a ocorrer.

No extremo sul baiano, foram apurados 35 alertas nos municípios de Belmonte, Santa Luzia, Canavieiras e Una. No total, mais de 370 hectares de áreas desmatadas estão sendo objeto de embargos e os responsáveis serão multados pelas infrações cometidas e penalizados judicialmente. A operação contou com a colaboração de diversas entidades, utilizando tecnologia avançada de monitoramento por satélite, como a plataforma MapBiomas. Trata-se de um programa de alertas e emissão de relatórios de constatação de desmatamento que usa tecnologias de monitoramento e tratamento de dados desenvolvido pelo projeto MapBiomas, iniciativa multi-institucional que une universidades, empresas de tecnologia e organizações não governamentais. Com o suporte dessas ferramentas, as equipes de fiscalização puderam identificar rapidamente os focos de desmatamento e atuar diretamente no campo, aplicando autos de infração e determinando a paralisação das atividades ilegais.

“A Operação Mata Atlântica em Pé é um exemplo de como o uso de tecnologia pode auxiliar no combate ao desmatamento. O monitoramento por satélite, aliado a parcerias entre instituições ambientais e o Ministério Público, tem permitido uma fiscalização mais eficiente e ágil. A operação reforça a necessidade urgente de ações mais firmes para preservar esse bioma tão importante para a biodiversidade e o equilíbrio ambiental do estado e do país”, destacou o promotor de Justiça Augusto César Matos, coordenador do Ceama.

Ao todo, foram identificados no país 17.124 hectares de supressão ilegal de vegetação nativa, superando os 15,4 mil hectares de 2023 e os 11,9 mil hectares de 2022. As multas aplicadas, que somam mais de R$ 137 milhões, representam o maior valor já registrado em todas as edições da operação. O Piauí foi o estado mais afetado, com 7.300 hectares desmatados, seguido por Minas Gerais (2.854 hectares) e Espírito Santo (1.029 hectares). Minas Gerais também liderou no valor de multas aplicadas, com mais de R$ 56,2 milhões em penalidades. 

 


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