Nesta sexta-feira (19), o Sistema Único de Saúde (SUS) completa 35 anos de existência, garantindo o acesso à saúde pública universal, integral, igualitária e gratuita como direito básico de todos os cidadãos e dever do Estado Brasileiro, conforme previsto na Constituição Federal.
E para ampliar ainda mais o acesso à saúde pública, com mais médicos especialistas disponíveis e redução do tempo de espera por atendimento de todos os brasileiros, seja morando na floresta, nas zonas rurais das cidades pequenas e em todos os lugares e regiões do país, o governo federal lançou o programa “Agora Tem Especialistas (ATE)”.
Mas o que este programa tem de especial? É porque durante a pandemia, o acesso às consultas com médicos especialistas no SUS e a realização de cirurgias e exames para fins de diagnóstico foram suspensos, porque os hospitais e demais unidades de saúde estavam lotados com pacientes com a Covid-19.
O resultado é que, ainda hoje, pacientes que tiveram o acompanhamento de suas doenças negligenciado, estão à espera de atendimento médico devido à sobrecarga da gigantesca demanda represada que se acumulou no SUS. Isso se traduz na realidade de longos tempos de espera e dificuldade de acesso a médicos especialistas.
AGORA TEM ESPECIALISTAS
O “Agora Tem Especialistas” foi criado como uma resposta para este desafio: ampliar e agilizar o acesso da população a consultas, exames, cirurgias e tratamentos especializados no SUS e reduzir o tempo de espera por atendimento especializado, principalmente para as cirurgias eletivas, aumentando a eficiência do sistema. Atualmente, 70% da população brasileira cuidam de sua saúde através do SUS. Dentre os seus dez eixos de ação, está a expansão da rede de atendimento, com o credenciamento de policlínicas e hospitais privados e filantrópicos para a realização de consultas, exames e cirurgias para os pacientes do SUS, assim como da rede própria dos planos de saúde.
O horário de atendimento de toda a rede pública e privada que aderiram ao programa também foi ampliado para turnos estendidos. Agora as policlínicas, ambulatórios, salas de cirurgias, hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) estão atendendo pacientes do SUS também no turno noturno e aos finais de semana e feriados.
Com foco em seis especialidades médicas como cardiologia, oncologia, ginecologia, ortopedia, otorrinolaringologia e oftalmologia, e também cirurgia geral e anestesia, o programa disponibilizou mais 3.500 médicos especialistas para integrarem o SUS para atender a realidade local e as necessidades de saúde dos municípios que solicitaram, com previsão de ser ampliado para mais cidades conforme a demanda.
O estado da Bahia é um dos mais beneficiados com essa ação. São 48 novos médicos especialistas direcionados para 18 municípios do interior do estado com a expectativa de reduzir a demanda pela metade até dezembro.
O programa contempla também mais 150 unidades móveis como carretas e veículos para levar toda a estrutura necessária para o atendimento de consultas, exames e cirurgias às regiões remotas e desassistidas, como territórios indígenas, quilombolas e ribeirinhas, e nas estradas, para os caminhoneiros, além da realização de mutirões de saúde aos finais de semana e feriados.
Para encurtar o tempo de espera para consultas e exames, os pacientes também estão tendo acesso a teleconsultas, telediagnósticos e telepatologias através da distribuição de dez mil kits de equipamentos para as unidades básicas de saúde em um sistema que integra o prontuário eletrônico de cada paciente. Outra ação do programa é a criação do Super Centro de Diagnóstico de Câncer para agilizar a prevenção, o diagnóstico e o início do tratamento para os pacientes oncológicos em um curtíssimo espaço de tempo, assim como acontece na rede privada.
SUS celebra 35 anos com programa histórico para garantir acesso a médicos especialistas

Comentários