Voltou a ganhar intensidade os rumores de que a secretária estadual da Saúde, Roberta Santana, deve ser remanejada para a Casa Civil na reforma administrativa que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) anunciou que fará no final do ano.
O nome da gestora já havia sido ventilado na reforma de 2024 para a mesma pasta, mas as articulações não avançaram e ela acabou permanecendo onde estava. Agora, entretanto, cresce a expectativa de que ela finalmente assuma a principal pasta do Executivo baiano.
Roberta assumiria o lugar hoje ocupado por Afonso Florence, deputado federal licenciado que deve deixar o governo para disputar a reeleição. O governador Jerônimo quer antecipar para o final deste ano a saída de secretários que vão concorrer nas eleições de 2026.
Uma vez alçada à Casa Civil, Roberta Santana deverá ter, na visão de governistas, ampliado seu protagonismo na gestão em razão de gozar da confiança direta do governador e de ter os principais projetos do Estado, a exemplo da Ponte Salvador-Itaparica, do VLT do Subúrbio, do novo trecho do metrô até o Campo Grande e da nova rodoviária, concentrados sob o guarda-chuva da pasta – tida como o “coração do governo”.
Assim como Afonso Florence, Roberta é um quadro da cota pessoal de Jerônimo Rodrigues, mas com a tarefa de imprimir muito mais “dinamicidade” à pasta, conforme relatou um interlocutor.
Sua eventual ascensão também revela planos eleitorais traçados por Jerônimo para o seu futuro. Se por um lado a permanência no governo lhe tira do páreo de 2026, por outro o protagonismo conquistado na nova função já a colocaria em posição privilegiada para 2028, quando poderá ser lançada candidata à Prefeitura de Feira de Santana, sua terra natal.
Em 2024, setores do PT chegaram a cogitar seu nome para a disputa em Feira, mas prevaleceu o entendimento de preservar a candidatura do deputado federal Zé Neto (PT), que acabou derrotado em primeiro turno por José Ronaldo (União Brasil). Fonte: Politica Livre
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